terça-feira, 15 de abril de 2014

Nunca me disseram que eu me sentiria tão impotente!


Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. 
Hebreus 4:9



Como alguns já sabem, minha princesa há alguns dias foi acometida por uma alergia estranha. Digo estranha porque o único sintoma era uma urticária que surgia do nada e desaparecia da mesma maneira. Foram quinze dias bem difíceis! No começo pensamos ser uma alergia alimentar,fomos ao medico, fizemos um tratamento com um remédio horrível que deixava ela pior que a alergia, depois pensamos que a causa era ambiental, levantamos inúmeras possibilidades e até cheguei a considerar a possibilidade de doença celíaca. Passamos por um alergologista louco cuja consulta foi tão macabra que sozinha renderia um post, enfim, noites em claro, muito choro, preocupação, e muita oração até finalmente ver minha filha bem novamente. Eu poderia contar aqui todos os detalhes desses dias, mas não seria construtivo pra ninguém, então prefiro me ater ao que aprendi com tudo isso.
Quem me conhece sabe do meu perfeccionismo e da minha paixão, ou melhor, necessidade de programar tudo. Pra ser mais clara, sou alguém que aos doze anos já sabia o nome que daria aos filhos (sim, filhos, pensamos em mais um), que detesta esperar pelos outros e tem urgência em resolver tudo agora (pra não dizer pra ontem). E esse é um dos pontos principais em que a maternidade tem sido minha escola. Minha filha não espera por mim, não obedece meu cronograma e não está nem ai pro meu planejamento. Por vezes (quase sempre) me leva a fazer o oposto do que eu pretendia e o que é pior, sorrindo! Foram muitas cabeçadas até entender que o bebe é ela, que é ela quem não entende esse mundo doido, e que, portanto precisa ser compreendida. Sempre soube disso na teoria, mas na prática tive dificuldade em aceitar que não é ela quem tem que se adequar ao meu programa e sim eu que preciso rever minhas expectativas. É um exercício diário no qual temos progredido juntas. Mas tudo muda de figura quando se vê um filho doente.
 Creio que desde um simples resfriado, até doenças mais serias, o sentimento que impera nesses momentos é o de impotência. Quando não há o que fazer, quando não se pode resolver o problema, quando sua força, seu braço humano, seu amor e o desejo de livrar do sofrimento alguém tão precioso de nada adiantam. Impotência que massacra, tortura, te joga na cara a realidade, sentimento terrível que te obriga a admitir que não há nada que possa ser feito. Bendita impotência que me aproxima do meu Deus! Que me faz dobrar os joelhos e clamar por sua presença consoladora antes das suas mãos. Que me faz reconhecer quão humana e falha eu sou, que me faz ver sua força agindo em meio a minha fragilidade. Bendita impotência que me faz confiar! Que me confronta com a imensidão do seu amor, que me leva a crer e descansar. Bendita impotência que me leva a entender que quando todos os recursos se esgotam, quando o conhecimento, o dinheiro, as forças, e até mesmo as esperanças se vão, resta um repouso para o povo de Deus!
Eu quero te dizer neste momento independente da tua religião, ideologia, ou crença, que não importa a situação existem braços de amor que te amparam, onde você pode encontrar descanso. Em Cristo há um refúgio, em Cristo há refrigério, em Cristo, e só Nele há solução.     


“Vós, todos os que tendes sede, vinde às águas”. 
Is 55:1a

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