Olá pessoas! Se tem uma coisa que sempre digo(ao vivo ou aqui no blog) é que a maternidade é uma escola! Filhos são instrumentos de Deus para nos ensinar, e quando nos permitimos, aprendemos muito mais com eles do que eles conosco. Esse post é sobre isso, o relato de uma mãe que se permitiu aprender, mudar de opinião e buscar o melhor pra sua filha. O histórias de mãe de hoje traz o relato da querida Nayane mãe da Valentina.
Boa leitura e beijos a todos!
Histórias de Mãe
E foi através da maternidade
que me transformei!
Depois que me tornei mãe, minha vida mudou radicalmente. Minha rotina,
meus sentidos, meu jeito de ver o mundo. Sempre quis ser mãe, não só por que
sou filha única e queria um filho para dividir comigo anseios, alegrias e
brincadeiras, mas parece que meu corpo e mente gritavam pela gestação.
Bom, minha
gestação foi mais ou menos planejada, eu queria engravidar, tinha conversado
com meu esposo que seria aquele ano. Mais não imaginávamos que seria tão
rapidamente. Depois de um mês de casada, Deus me concedeu um grande presente,
estava eu gestante, tendo que dividir com uma monografia, o mundo da
maternidade. O começo não
foi fácil, muitos enjôos, tonturas e muito sono. Mas passou rápido. Às vezes eu
tinha medo sabe, do parto, se eu seria capaz de aguentar a dor, pois sou muito
medrosa. Medo de ir para médico e cirurgia aí pronto.
Comigo eu
pensei, quero parto normal nada, quero uma cesariana. Mas conversando com meu
esposo, fui pesquisar sobre os tipos de parto, buscar seus benefícios e malefícios,
assim entrei em um grupo do Facebook, “Grávidas & Mamães do Recife’’. E ali,
conhecendo depoimentos de muitas mulheres, sobre parto humanizado e tal, fui
ficando mais calma e abrindo a cabeça. Já com 6 meses
não queria uma cesariana de nenhum jeito. E a cada dia eu ficava mais ansiosa
pela chegada da minha Valentina. Nesta época, tive que mudar de cidade, ficar
longe de meus pais. Éramos três (meu marido, Valentina e eu) entrando em um
novo mundo. Líamos tudo sobre partos, cuidados com bebês, amamentação. Assisti vários vídeos de parto em casa, creio que isso me ajudou bastante na
coragem. Quando cheguei
aos 9 meses, minha mãe veio pra me ajudar. No começo do mês de outubro eu já
sentia com bastante intensidade as contrações de treinamento, quando a barriga
fica um pouco dura, ali eu já pressentia que estava chegando a hora de Valentina
vir ao mundo.
Foi na manhã
do dia 14 de outubro, era umas 6 horas da manhã. Acordei com um líquido
escorrendo pelas pernas... Minha bolsa estourou, nem eu, nem meu marido
acreditamos no fato. Nesse momento me arrumei e fui para o hospital, no inicio
não sentia muitas dores, só uma pequena cólica. Me surpreendi comigo, pois não
estava ansiosa, só pensava na minha filha. Fui atendida pelo médico no qual
afirmou que eu estava com 4 cm de dilatação, me deu uma injeção de ocitocina,
acho que para acelerar o parto. E em pouco tempo eu já ia sentindo as pequenas
cólicas que iam aumentando muito. Uma fisioterapeuta do hospital foi me
ensinando alguns exercícios da bola, e me dando instruções sobre massagens ,
minha mãe que sempre estava ao meu lado, ia fazendo massagens próximo ao meu
quadril, que naquele momento doía um pouco e essas massagens foram
aliviando muito as dores. Para mim a dor do parto, não é tão grande assim, são
cólicas fortes que ficam por um certo tempo. Dá para agüentar, eu já tive uma
dor de dente, que doeu 100 vezes a do parto e olha q eu não estou
exagerando viu kkkkkkkkk. E assim, fui pedindo a Deus que ele me desse força,
pra que eu não fizesse escândalo no momento que chegasse aos 10 cm kkkkkkkkkkk.
Quando o médico me avisou que estava na hora, eu não acreditei. E as contrações
ficavam cada vez mais fortes, e eu sentia o desejo de fazer força, acho que
depois de uns 20 a 30 minutos ela
nasceu, as 15: 45 da tarde. Infelizmente fizeram uma episiotonomia em
mim, sem a minha autorização, mais naquela hora eu só pensava na minha filhota.
Os primeiros
dias foram de muitas alegrias, e também de muitas horas sem dormir, pois eu não
sabia amamentar, e Valentina não sabia pegar os seios , éramos dois seres
entrando em um novo mundo o da amamentação. Duas marinheiras de primeira
viagem, numa embarcação lutando para obter o leite materno, chorei por alguns
dias me sentia incapaz, pensei em até desistir, mas depois de algumas
instruções de amigas mais experientes, e de algumas enfermeiras da maternidade,
fui aprendendo junto com minha filha. Assim a amamentação
seguiu tranquila. Nossos primeiros meses foram incríveis, eu não cansava de
olhar e lamber minha cria, meu amor por ela crescia e cresce até hoje. Minha filha
adorava o peito, e não largava (e ainda não larga) de jeito nenhum, só
dormíamos de 3 em 3 horas, eu era quase um zumbi. E ela não quis saber de
berço, gastamos tanto com o berço e ela nunca usou kkkk. Foi assim que eu
descobri a cama compartilhada, foi melhor assim, pois eu pude dormir tranquila.
A cada dia Valentina
fica mais esperta, fica comigo quase o dia todo, pois meu marido fica em casa
só pela parte da manhã. Bom, sabe por que minha vida mudou? Pois eu achava que
eu não tinha tempo pra nada, e hoje tenho que lidar com várias tarefas, no
final do dia estou cansada, mas satisfeita. Dou carinho, amor, e brinco com
minha filha, que é super elétrica.
Sonhos,
desejos, viagens? Pra quê? Eu tenho minha Valentina, que me ensina os mais belos
dos sentimentos, a paciência, a mansidão, ternura, dedicação e amor ao próximo.
Realizei um dos mais belos sonhos que tinha, me tornei mãe, tenho meu esposo
que é maravilhoso. E já planejamos um irmãozinho para Valentina, pois ser filha
única é chato pra caramba, não quero isso pra ela. Deixa ela ficar mais
calminha, ou deixa na mão de Deus. Desta vez quero um parto em casa! Foi um
prazer contar meu relato. Que a paz de Jesus esteja com vocês.
Nayane Cavalcanti