quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Nunca me disseram- Histórias de Mãe

  Olá pessoas! Se tem uma coisa que sempre digo(ao vivo ou aqui no blog) é que a maternidade é uma escola! Filhos são instrumentos de Deus para nos ensinar, e quando nos permitimos, aprendemos muito mais com eles do que eles conosco. Esse post é sobre isso, o relato de uma mãe que se permitiu aprender, mudar de opinião e buscar o melhor pra sua filha. O histórias de mãe de hoje traz o relato da querida Nayane mãe da Valentina. 

Boa leitura e beijos a todos! 



Histórias de Mãe


E foi através da maternidade que me transformei!




Depois que me tornei mãe, minha vida mudou radicalmente. Minha rotina, meus sentidos, meu jeito de ver o mundo. Sempre quis ser mãe, não só por que sou filha única e queria um filho para dividir comigo anseios, alegrias e brincadeiras, mas parece que meu corpo e mente gritavam pela gestação.
Bom, minha gestação foi mais ou menos planejada, eu queria engravidar, tinha conversado com meu esposo que seria aquele ano. Mais não imaginávamos que seria tão rapidamente. Depois de um mês de casada, Deus me concedeu um grande presente, estava eu gestante, tendo que dividir com uma monografia, o mundo da maternidade. O começo não foi fácil, muitos enjôos, tonturas e muito sono. Mas passou rápido. Às vezes eu tinha medo sabe, do parto, se eu seria capaz de aguentar a dor, pois sou muito medrosa. Medo de ir para médico e cirurgia aí pronto.
Comigo eu pensei, quero parto normal nada, quero uma cesariana. Mas conversando com meu esposo, fui pesquisar sobre os tipos de parto, buscar seus benefícios e malefícios, assim entrei em um grupo do Facebook, “Grávidas & Mamães do Recife’’. E ali, conhecendo depoimentos de muitas mulheres, sobre parto humanizado e tal, fui ficando mais calma e abrindo a cabeça. Já com 6 meses não queria uma cesariana de nenhum jeito. E a cada dia eu ficava mais ansiosa pela chegada da minha Valentina. Nesta época, tive que mudar de cidade, ficar longe de meus pais. Éramos três (meu marido, Valentina e eu) entrando em um novo mundo. Líamos tudo sobre partos, cuidados com bebês, amamentação. Assisti vários vídeos de parto em casa, creio que isso me ajudou bastante na coragem. Quando cheguei aos 9 meses, minha mãe veio pra me ajudar. No começo do mês de outubro eu já sentia com bastante intensidade as contrações de treinamento, quando a barriga fica um pouco dura, ali eu já pressentia que estava chegando a hora de Valentina vir ao mundo.
Foi na manhã do dia 14 de outubro, era umas 6 horas da manhã. Acordei com um líquido escorrendo pelas pernas... Minha bolsa estourou, nem eu, nem meu marido acreditamos no fato. Nesse momento me arrumei e fui para o hospital, no inicio não sentia muitas dores, só uma pequena cólica. Me surpreendi comigo, pois não estava ansiosa, só pensava na minha filha. Fui atendida pelo médico no qual afirmou que eu estava com 4 cm de dilatação, me deu uma injeção de ocitocina, acho que para acelerar o parto. E em pouco tempo eu já ia sentindo as pequenas cólicas que iam aumentando muito. Uma fisioterapeuta do hospital foi me ensinando alguns exercícios da bola, e me dando instruções sobre massagens , minha mãe que sempre estava ao meu lado, ia fazendo massagens próximo ao meu quadril, que naquele momento doía um pouco e essas massagens foram aliviando muito as dores. Para mim a dor do parto, não é tão grande assim, são cólicas fortes que ficam por um certo tempo. Dá para agüentar, eu já tive uma dor de dente, que doeu 100 vezes a do parto e olha q eu não estou exagerando viu kkkkkkkkk. E assim, fui pedindo a Deus que ele me desse força, pra que eu não fizesse escândalo no momento que chegasse aos 10 cm kkkkkkkkkkk. Quando o médico me avisou que estava na hora, eu não acreditei. E as contrações ficavam cada vez mais fortes, e eu sentia o desejo de fazer força, acho que depois de uns 20 a 30 minutos ela  nasceu, as 15: 45 da tarde. Infelizmente fizeram uma episiotonomia em mim, sem a minha autorização, mais naquela hora eu só pensava na minha filhota.
Os primeiros dias foram de muitas alegrias, e também de muitas horas sem dormir, pois eu não sabia amamentar, e Valentina não sabia pegar os seios , éramos dois seres entrando em um novo mundo o da amamentação. Duas marinheiras de primeira viagem, numa embarcação lutando para obter o leite materno, chorei por alguns dias me sentia incapaz, pensei em até desistir, mas depois de algumas instruções de amigas mais experientes, e de algumas enfermeiras da maternidade, fui aprendendo junto com minha filha. Assim a amamentação seguiu tranquila. Nossos primeiros meses foram incríveis, eu não cansava de olhar e lamber minha cria, meu amor por ela crescia e cresce até hoje. Minha filha adorava o peito, e não largava (e ainda não larga) de jeito nenhum, só dormíamos de 3 em 3 horas, eu era quase um zumbi. E ela não quis saber de berço, gastamos tanto com o berço e ela nunca usou kkkk. Foi assim que eu descobri a cama compartilhada, foi melhor assim, pois eu pude dormir tranquila.
A cada dia Valentina fica mais esperta, fica comigo quase o dia todo, pois meu marido fica em casa só pela parte da manhã. Bom, sabe por que minha vida mudou? Pois eu achava que eu não tinha tempo pra nada, e hoje tenho que lidar com várias tarefas, no final do dia estou cansada, mas satisfeita. Dou carinho, amor, e brinco com minha filha, que é super elétrica.
Sonhos, desejos, viagens? Pra quê? Eu tenho minha Valentina, que me ensina os mais belos dos sentimentos, a paciência, a mansidão, ternura, dedicação e amor ao próximo. Realizei um dos mais belos sonhos que tinha, me tornei mãe, tenho meu esposo que é maravilhoso. E já planejamos um irmãozinho para Valentina, pois ser filha única é chato pra caramba, não quero isso pra ela. Deixa ela ficar mais calminha, ou deixa na mão de Deus. Desta vez quero um parto em casa! Foi um prazer contar meu relato. Que a paz de Jesus esteja com vocês.

Nayane Cavalcanti

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