terça-feira, 29 de abril de 2014

Nunca me disseram que filhos mudam até a rotina dos gatos!


O justo olha pela vida dos seus animais;
Provérbios 12:10a


Gostaria de dedicar esse post,a querida Bernadete Machado e as suas lindas filhas, que ao ter a coragem e a nobreza de adotar uma gatinha, me inspiraram a escrever sobre o assunto. Infelizmente o desfecho não foi o esperado, mas sei que essa atitude servirá de exemplo pra outras pessoas e que terão mais sorte em uma próxima adoção.
Tenho paixão por gatos desde criança, e nunca gostei da ideia de comprar um animal. Não os vejo como propriedades de alguém, mas como seres que também merecem respeito, e portanto a adoção sempre me pareceu uma opção mais justa(além de econômica). Quando completamos seis meses de casados, adotamos nossa primeira filha felina: Anita Garibaldi. Ela sempre foi uma Lady! Extremamente carinhosa, e diferente do que muitos diziam não destruiu meu sofá. Só que vivíamos em uma rotina muito louca, passávamos muito tempo fora, e ela começou a ficar deprimida. Então pra que ela tivesse uma companhia adotamos Melanie Klein (Mel para os íntimos) que logo se tornou a alegria da casa, brincalhona, elétrica e ela sim, destruiu meu sofá! Mas não foi menos amada por isso. A lei aqui em casa sempre foi: Se não gosta de animais não me visite, pois elas são membros da família! E assim seguimos até que engravidei. A partir daí a pergunta que eu mais ouvia era: O que você vai fazer com as gatas? E eu devolvia a pergunta: Porque eu faria alguma coisa? Passamos a ouvir pragas (Sim pragas! Porque pra mim conselhos desse tipo sempre vêm acompanhados de um desejo perverso, escondido atrás da suposta preocupação). "Vocês tem que se livrar desses bichos ou o bebe terá alergia!" "Cuidado com a toxoplasmose!" "Gato é um bicho perigoso e traiçoeiro, melhor dar pra alguém antes que ataquem sua filha!" Entre outros absurdos que imediatamente repreendíamos em nome de Jesus pra encerrar logo a conversa! E munidos de um tesouro chamado informação,sabendo que a culpa da toxoplasmose não é do gato. Que estudos comprovam que crianças que convivem com animais desde o nascimento estão menos suscetíveis a alergias aos mesmos. E principalmente; que alguém que afirma que gatos são perigosos e traiçoeiros nunca conviveu com um gato, pois quem convive sabe o quanto são sinceros e que em geral refletem o comportamento dos seus cuidadores. Seguimos a gestação com tranqüilidade, e já nesse período a amizade delas começou.
 Elas amavam deitar em cima da minha barriga pra sentir Eduarda mexer. Era um chuta de cá empurra de lá, que se eu deixasse durava o dia todo! Fomos ensinando que não podiam entrar no quarto de Eduarda, e preparando elas no que foi possível. Até que ela nasceu! Em um lindo parto domiciliar. E enquanto eu estava no quarto em plena partolândia, elas esperavam deitadas quietinhas no corredor. Pareciam entender que era hora, e que em breve nossa família ganharia mais um membro. Daí a casa encheu de gente, nós dois ficamos cansados e ocupados em cuidar de uma recém nascida, e elas que sempre foram sensíveis a mudanças passaram dois dias sem comer. Começamos a levar as roupinhas sujas de Eduarda para elas cheirarem, para entenderem que ela não era uma intrusa. Depois do primeiro mês permitíamos que cheirassem o pezinho dela, e com o passar do tempo as três começaram a interagir. Eduarda mesmo em nosso colo estendia as mãozinhas e pedia pra tocá-las e uma das primeiras palavras que falou foi gata! Alias essa é uma das palavras que ela mais usa até hoje! Elas nunca foram agressivas, mas quando Eduarda começou a engatinhar tive medo de que por brincadeira pudessem machucá-la, afinal por mais dóceis que sejam são gatas. Ledo engano! Lembram da Felícia do desenho do Pernalonga? Aquela que amava em excesso os animaizinhos?
    Pois é, descobri que tenho uma em casa! E passei a ter medo pelas gatas! Ela dizia “data,data” e saia engatinhando pela casa atrás delas, pegava as coitadas como bichinhos de pelúcia, puxava pela orelha,pelo rabo, e a mãe surtando atrás tentando explicar que não pode, assim faz dodói, na gatinha tem que fazer carinho. Aí ela fazia tudo de novo só que quando pegava a gata balançava dizendo: aaaaaa(colocando pra dormir). As gatas aprenderam a subir no sofá quando cansavam da brincadeira, e tiveram paz por algum tempo.Mas Eduarda aprendeu a andar, e a correr e agora eu escuto: DAAAATAAAAAAAAAAAAAA! E quando olho, a vejo correndo com algum brinquedo na mão que para desespero delas (e meu também) insiste em utilizar pra fazer carinho nas pobrezinhas. E assim vivemos 60% do nosso dia, amando excessivamente. Ela abraça e espreme as gatas,e eu abraço e espremo ela, e quando o marido chega, ele é o espremido da vez! Rsrsrsrs Sempre ouvi que ter um filho muda tudo! Mas nunca me disseram que esse tudo inclui até mesmo a rotina dos animais. Minhas filhas felinas hoje só tem um minuto de sossego se conseguem se esconder. Mel no telhado, Anita em cima da maquina de lavar roupa, e eu... 
Acho que só saberei o que é sossego novamente quando ela crescer um pouco mais. Mas se querem saber, faria tudo de novo! Elas me esgotam, mas a gente se diverte! Amo nossa família grudenta!! 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Nunca me disseram que desenvolvimento era tão emocionante!

      Pessoas lindas olá! Pretendia postar isso antes, mas não foi possível devido a uma semana cheia, e o feriadão com direito a marido doente que nos pegou de surpresa. Mas aqui estou atualizando nosso cantinho. 
       Uma das disciplinas que eu mais gostava de estudar na faculdade era psicologia do desenvolvimento. Sempre amei ler tudo a respeito de gestação, parto, puerpério, primeira infância, e tudo mais. Até hoje são temas que me fascinam, e talvez por isso, eu considere como uma das coisas mais gratificantes da maternidade, a oportunidade de acompanhar o progresso daquele serzinho que amamos. Participar de cada fase do desenvolvimento de um filho,cada novo aprendizado ou conquista não tem preço! Lembro com exatidão, da primeira vez que ela encostou uma mãozinha na outra. Era noite, Davi havia chegado do trabalho a pouco tempo,conversávamos ao lado dela sentados na cama, quando olhei e a vi agitando as mãozinhas tentando com muito esforço encostar uma na outra. Parei a conversa e disse: olha amor! Ficamos os dois olhando enquanto ela tentava, e tentava, até que conseguiu! Nos olhamos sorrindo, Davi saiu do quarto pra fazer alguma coisa, e eu fiquei lá olhando pra ela e chorando! Sim, chorando ridiculamente e ao mesmo tempo sorrindo e pensando: É, ela está crescendo! 
     Esse pensamento se repetiu por muitas vezes ao longo do primeiro ano de vida da minha filha. E se repete hoje, quando ela completa um ano e quatro meses. Foram inúmeras descobertas nesse tempo, ela aprendeu a sentar, comer, engatinhar, falar, andar, esconder meu celular no modo silencioso em baixo do sofá, descer da cama, puxar o rabo das gatas, e muitas outras coisas! A verdade, é que em cada aprendizado, simples ou complexo(me enlouquecendo ou não) a emoção é a mesma, e o sentimento de gratidão ao Senhor é indescritível! Participar ativamente da vida dela é muito bom, e não quero perder nenhum segundo!
   Como tudo que é bom merece ser dividido, tentarei postar semanalmente um resumo das atividades de homeschooling que praticamos. Assim vocês também participam da vidinha dela, e dos progressos que ela tem realizado, e caso desejem, podem usar como inspiração, reproduzir com suas crianças(sejam filhos,sobrinhos,alunos, e etc.) e se possível me mandar novas sugestões de atividades!  

Resuminho da semana



    Trabalhamos a coordenação motora empilhando blocos. Usei esses de bichinhos que ela ganhou de presente, mas pode-se utilizar desde cubos de madeira até mesmo caixas de papelão, ou de tecido. A ideia é simplesmente estimular a criança a construir a torre, derrubar, construir de novo, e por aí vai. Isso alem da coordenação motora, ajuda a estabelecer relações de causa e efeito.


    Esse foi o sucesso da semana! Incrivelmente simples e ela amou o resultado! O barco movido a sabão. Fui fazendo tudo na frente dela, explicando que mamãe ia fazer um barco e cantando " Com Cristo no barco tudo vai muito bem" e ela batia palmas. Quando o barquinho começou a andar ela gritava: Eita! Eita! E sorria! Segue o link com o vídeo ensinando a fazer experiência, é bem interessante.


 Daí como ela sempre me surpreende, emendamos a experiência em uma atividade sensorial, que acabou sendo uma atividade de vida prática também. Estava um dia quente, então dei a travessa com a água e o sabão que já estávamos utilizando, pra brincarmos de lavar os brinquedos, e antes que eu fizesse qualquer coisa ela começou a agitar a água e aprendeu sozinha a fazer espuma! Sempre sorrindo e dizendo: Eita! Brincou até cansar!

     E terminamos a semana com uma atividade artística. Fizemos um cesto dos tesouros só de chocalhos, pra trabalhar ritmo e reconhecimento de sons. Não preciso nem dizer o quanto ela se divertiu!


    Enfim gente, por hoje é só! Agradeço a todos que chegaram até aqui, em breve novas atividades.
 Beijos a todos!



"Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 
II Pedro 3:18




terça-feira, 15 de abril de 2014

Nunca me disseram que eu me sentiria tão impotente!


Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. 
Hebreus 4:9



Como alguns já sabem, minha princesa há alguns dias foi acometida por uma alergia estranha. Digo estranha porque o único sintoma era uma urticária que surgia do nada e desaparecia da mesma maneira. Foram quinze dias bem difíceis! No começo pensamos ser uma alergia alimentar,fomos ao medico, fizemos um tratamento com um remédio horrível que deixava ela pior que a alergia, depois pensamos que a causa era ambiental, levantamos inúmeras possibilidades e até cheguei a considerar a possibilidade de doença celíaca. Passamos por um alergologista louco cuja consulta foi tão macabra que sozinha renderia um post, enfim, noites em claro, muito choro, preocupação, e muita oração até finalmente ver minha filha bem novamente. Eu poderia contar aqui todos os detalhes desses dias, mas não seria construtivo pra ninguém, então prefiro me ater ao que aprendi com tudo isso.
Quem me conhece sabe do meu perfeccionismo e da minha paixão, ou melhor, necessidade de programar tudo. Pra ser mais clara, sou alguém que aos doze anos já sabia o nome que daria aos filhos (sim, filhos, pensamos em mais um), que detesta esperar pelos outros e tem urgência em resolver tudo agora (pra não dizer pra ontem). E esse é um dos pontos principais em que a maternidade tem sido minha escola. Minha filha não espera por mim, não obedece meu cronograma e não está nem ai pro meu planejamento. Por vezes (quase sempre) me leva a fazer o oposto do que eu pretendia e o que é pior, sorrindo! Foram muitas cabeçadas até entender que o bebe é ela, que é ela quem não entende esse mundo doido, e que, portanto precisa ser compreendida. Sempre soube disso na teoria, mas na prática tive dificuldade em aceitar que não é ela quem tem que se adequar ao meu programa e sim eu que preciso rever minhas expectativas. É um exercício diário no qual temos progredido juntas. Mas tudo muda de figura quando se vê um filho doente.
 Creio que desde um simples resfriado, até doenças mais serias, o sentimento que impera nesses momentos é o de impotência. Quando não há o que fazer, quando não se pode resolver o problema, quando sua força, seu braço humano, seu amor e o desejo de livrar do sofrimento alguém tão precioso de nada adiantam. Impotência que massacra, tortura, te joga na cara a realidade, sentimento terrível que te obriga a admitir que não há nada que possa ser feito. Bendita impotência que me aproxima do meu Deus! Que me faz dobrar os joelhos e clamar por sua presença consoladora antes das suas mãos. Que me faz reconhecer quão humana e falha eu sou, que me faz ver sua força agindo em meio a minha fragilidade. Bendita impotência que me faz confiar! Que me confronta com a imensidão do seu amor, que me leva a crer e descansar. Bendita impotência que me leva a entender que quando todos os recursos se esgotam, quando o conhecimento, o dinheiro, as forças, e até mesmo as esperanças se vão, resta um repouso para o povo de Deus!
Eu quero te dizer neste momento independente da tua religião, ideologia, ou crença, que não importa a situação existem braços de amor que te amparam, onde você pode encontrar descanso. Em Cristo há um refúgio, em Cristo há refrigério, em Cristo, e só Nele há solução.     


“Vós, todos os que tendes sede, vinde às águas”. 
Is 55:1a

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Nunca me disseram que um dia eu iria escrever em um blog!

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

Eclesiastes 3:1-4   

    Uma prima que amo, blogueira de primeira linha, disse uma vez que blog é coisa de gente muito inteligente ou muito desocupada. Jamais poderia discordar! Principalmente sendo ela uma pessoa tão talentosa e que com certeza se enquadra entre os muito inteligentes. Venho então com toda humildade que me cabe, me encaixar em uma nova categoria, formada por alguém não tão inteligente,e nem um pouco desocupada, mas cheia de sentimentos, ideias e pensamentos que não cabem em si! Alguém que um dia conheceu uma menina linda de 3 kg e 53 cm e se deparou com a mais incrível e assustadora das aventuras que um ser humano pode viver nessa terra: a maternidade. Alguém que desde então padece de um constante transbordamento de emoções, que acabaram por desaguar aqui. Pedindo licença vou entrando na categoria "mãe blogueira" e  aos poucos dividindo as inúmeras coisas que nunca me disseram sobre essa nova estrada.
   Convido você que chegou até aqui, seja familiar,amigo próximo, ou distante,a descobrir comigo as novidades que essa historia nos reserva. A viver comigo esse tempo de ser mãe, e de falar o que isso representa. Prometo contar tudo!  Sobre as coisas que nunca me disseram (e que talvez não te disseram também) sobre as coisas que não eram verdade, e principalmente sobre as coisas que Deus me ensinou e me ensina através dela. E talvez, sabendo tudo isso, você decida passar longe dessa ideia desvairada que é ter filhos. Ou talvez como eu, descubra que não tem outra missão na vida, e tenha a oportunidade de se redescobrir e reinventar.
   Esse é um espaço pra falar sobre Deus, é um espaço pra falar sobre ela, é um espaço pra falar sobre mim, pra rir, chorar, gritar, transbordar! Um espaço para tratar dos assuntos que envolvem esse louco e maravilhoso mundo da maternagem ativa.  Esse cantinho é nosso e de todos os que estiverem dispostos a embarcar conosco nessa viagem. 
  
 Que a graça do Senhor Jesus repouse sobre cada um!
 Sejam muito bem vindos!