domingo, 11 de maio de 2014

Nunca me disseram que amor materno é uma escolha!


Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

Salmos 127:3







* Post editado, porque a montagem linda que meu marido fez não podia ficar de fora.


   Quero dedicar esse post aquela que um dia escolheu me amar contra tudo e todos, e assim me ensinou a ser mãe.  Luiza, minha mãe, meu amor! E a minha princesa Maria Eduarda, meu presente, razão desse blog.

   Então gente, é dia das mães! E o nunca me disseram não poderia ficar de fora desta data. Principalmente por ser este o dia do ano em que mais se ouve absurdos sobre maternidade. Ironia não? Mas é verdade. A mídia, o comercio, a vizinha, o balconista da farmácia, enfim, todo mundo tem uma opinião sobre o que é ser mãe. Todo mundo quer saber o que você vai ganhar de dia das mães, ou o que você comprou pra sua mãe, o consumismo impera (Calma, não vou falar sobre consumismo, não hoje.), mas falta espaço pra falar sobre o principal, falta espaço pra falar sinceramente o que é a maternidade.
Ouvimos que ser mãe é maravilhoso, um mundo cor de rosa, que o sorriso de um filho não tem preço (e não tem mesmo!), que filhos são bênçãos, que ser mãe é muito difícil e trabalhoso, que ser mãe é padecer no paraíso, e etc.etc.etc. Mas como o nome do blog já diz, meu compromisso é falar sobre o que não ouvimos, sobre o que não veremos nos comerciais de dia das mães na TV. E o fato, é que a maternidade tem sim um lado B. Se você já tem filhos, vai entender bem o que eu digo, se não os tem, guarde essas informações com carinho, pois talvez um dia, elas sejam úteis. A verdade é que já na gestação descobre-se um mundo novo, que por vezes é maravilhoso, mas que também pode ser um tanto assustador, e que por mais desejada, ou planejada que tenha sido a gravidez no famoso "momento do positivo", a sensação pode não ser de alegria extrema como se espera, mas em 90% dos casos o sentimento que prevalece é o medo, seguido da pergunta: Será que dou conta? Mantendo a calma, essa sensação logo passa. A partir daí você deixa de ser alguém e passa a ser tratada como a mãe de alguém (e continua depois que o bebe nasce). Sua barriga vira domínio publico, e não me refiro a amigos e familiares (que na maioria das vezes vão falar com a sua barriga antes mesmo de te cumprimentar) e sim da atendente da padaria, do tiozinho na fila do caixa eletrônico, e de todo mundo que você NÃO CONHECE, mas que por algum motivo confunde sua barriga com um corrimão de escada, e sai metendo a mão mesmo sem intimidade alguma. Essas mesmas pessoas falarão como quem entende tudo sobre nutrição da gestante, posição do bebe na barriga, parto, amamentação, e QUALQUER COISA que diga respeito ao seu filho melhor do que você. Não importa o quanto você estude, se informe, e nem mesmo se já tem outros filhos no currículo, para elas você SEMPRE estará errada. E como se isso não bastasse você sentirá dores em lugares que jamais pensou ser possível, além é claro dos incômodos que todo mundo já conhece (enjôo, sono, fome, falta de ar, entre outros) e mesmo agüentando isso tudo ainda vai ouvir que é exagero e que gravidez não é doença.
         Você passa por tudo isso, sonhando com o momento em que vai olhar seu bebezinho. Pensando que quando ele nascer será só amor, e tudo isso vai acabar. Mas não é bem por aí. . Muitos me disseram que ser mãe é incrível, muitos me disseram que é muito difícil, mas o que nunca me disseram é que tudo depende do quanto se está disposto a amar. E que amor não nasce com o filho. Amor não vem no pacote. Amor é uma escolha! Reflita comigo, se o amor fosse algo que simplesmente surge junto com o nascimento do bebe, haveria tantas crianças abandonadas? Tantas crianças negligenciadas e sofrendo maus tratos por parte de seus genitores? Acredito que não. Isso acontece porque se escolhe o abandono ao invés do amor. Creio no que a bíblia diz que os filhos são heranças do Senhor, presentes enviados por ele, para que sejam amados e cuidados. Mas somos nós que escolhemos o caminho a seguir.
Uma mãe precisa escolher amar o filho mesmo se no primeiro encontro, naquele primeiro olhar, houver uma sensação de estranheza. Sensação essa, que embora muitos não admitam, é bem comum. Afinal, falamos de dois seres que estão se conhecendo, construindo uma relação, e relações profundas não são instantâneas. Uma mãe escolhe amar o filho em cada noite mal dormida, em cada problema ou dificuldade, em cada resposta atravessada. Escolhe amar, mesmo nos momentos em que se pega tentando imaginar como seria a vida sem filhos. Escolhe amar quando sente falta das coisas simples do cotidiano, como um banho demorado ou uma refeição tranqüila, que podia fazer despreocupada antes de ser mãe. Escolhe amar quando pensa que seu filho merecia uma mãe melhor. Escolhe amar se ele nasce do coração e não do ventre. E principalmente escolhe amar quando se dispõe a encarar todos esses sentimentos, sem tentar esconder, ou justificar, se permitindo aprender com cada um deles.
Pra você que ainda não tem filhos, quero dizer que sim, você vai sentir raiva, medo, alegria, tristeza, ternura, insegurança, carinho, impotência, e muitas outras coisas, que podem e devem ser embaladas em amor. E é esse amor que tornará tudo mais leve! E pra você que já os tem, quero dizer que escolher amar implica em se perdoar! Desejo que nesse dia das mães você possa se livrar de toda bagagem pesada que tenha dificultado a caminhada, e possa encontrar em Cristo, forças para seguir por um novo e vivo caminho.

Que a graça de Deus repouse sobre a tua vida.

Feliz dia das mães!

Um comentário:

  1. Filha,eu escolhi te amar e cada dia tenho mais certeza que não poderia ser diferente,ainda lembro a primeira vez que ouvi o teu coraçãozinho e o quanto chorei,é maravilhoso ver a pessoa que vc se tornou,louvo a Deus pela tua vida, e e pelo presente lindo que Ele nos deu que é Eduarda nos trouxe tanta alegria e nos prova mais uma vez seu tão grande amor. bjs.te amooooooooo.

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