terça-feira, 6 de maio de 2014

Nunca me disseram que dias de chuva seriam tão cansativos!


"Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra. "
Oséias 6:3


     Quem não gosta de ficar em casa em um dia de chuva? Quem não se rende as delicias de um dia frio? Dormir até mais tarde,ficar encolhido embaixo do cobertor quentinho, assistir um bom filme, se acompanhado por pipoca, chocolate quente e afins é o paraíso! Tenho certeza que ao ler isso você já imaginou a cena, sentiu o gosto do chocolate,e quem sabe até já pensou no filme que gostaria de ver. Eu também sempre gostei disso tudo, torcia pra chover nos dias em que poderia ficar em casa de bobeira, mas quando se é mãe... a história é outra. Imagine estar em um apartamento fechado, com duas gatas e uma criança de 16 meses que aprendeu a andar recentemente, com muuuuuuuuuuuita energia acumulada. A criança pede incessantemente para "passe, passe"(passear) com você, que não pode sair e nem mesmo abrir as janelas devido a chuva. Não parece mais tão convidativo não é mesmo? Pois é, mas são assim meus dias de chuva. São assim os dias de chuva de uma mãe de criança pequena.
     Não importa o tamanho da tempestade, tsunami,avalanche ou catástrofe natural que possa acontecer lá fora, a energia de uma criança não acaba! E nesses momentos não adianta conversar, explicar, porque pra eles ficar em casa sem poder nem olhar a rua é quase um castigo. Daí a solução é se virar nos 30, e no dia em que você mais queria dormir, ficar quietinha, que bateu aquela moleza, preguiça mesmo pra ser mais exata. Você abre mão do ócio e vai! Troca fralda, varre casa, faz almoço, conta história, desenha, pinta, brinca de se esconder, de boneca, de cavalinho, de correr atrás das gatas, canta, dança, bate palmas, dá banho, faz caixa de papelão virar mesa, depois barco, depois carro, monta uma torre, destrói a torre, conta mais história, e de novo a mesma história, e mais três vezes a mesma história(se ela pede fazer o que né?) e canta, dança, e bate palmas novamente, e a única coisa que não faz é a dança da chuva! Por motivos bem óbvios eu diria! Até que no fim do dia ela dorme, exausta. Você mais exausta ainda, olha pra ela e a vê sorrindo enquanto dorme, e pensa: Obrigada Deus! Que dia maravilhoso!
    Se você conseguiu imaginar essa cena pode entender um pouquinho do que é ser mãe, do que é abrir mão da sua vontade simplesmente por amor. Se eu sinto falta de ficar de bobeira, do cobertor e do chocolate quente? Claro! Mas apesar de cansativo, o que tenho hoje é muito melhor! Eu não trocaria por nada! E com isso quero te convidar a uma outra reflexão. 
     Minha filha é minha escola, é o instrumento que Deus usa pra me ensinar diariamente. Uma das coisas que aprendi através dela, é que ninguém te obriga a ser mãe, e não é o simples fato de colocar um filho no mundo que te torna mãe. Uma mãe, é feita de escolhas diárias. E essas escolhas implicam em deixar de lado um monte de coisas, para ganhar outras melhores, maiores, e mais profundas. Quando uma mãe renuncia a algo, o faz por amor, sem pesar. E é assim também com Deus! Ele não nos obriga a andar com Ele, não nos obriga a amá-lo, mas no momento em que fazemos essa escolha precisamos nos dispor a renunciar. Muitas vezes abrir mão da nossa própria vontade, para cumprir a vontade Dele. Assim como Ele, um dia renunciou a sua glória por nós. A bíblia diz: "Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, João 15:16a" Fomos escolhidos, quando o seu amor se derramou por nós naquela cruz. Fomos escolhidos, quando seu amor venceu a morte ressuscitando ao terceiro dia. E é esse amor que nos permite mesmo após escolhidos, decidir corresponder ou não. Quem assim decide pode ter a certeza que por amor, sem pesar,deixará muitas coisas. Mas ganhará também muitas outras, melhores, maiores e mais profundas!

"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto."

Isaías 55:6

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